segunda-feira, 28 de maio de 2012

Doenças Respiratórias



Definição
Doenças respiratórias são aquelas que atingem órgãos do sistema respiratório (pulmões, boca, faringe, fossas nasais, laringe, brônquios, traquéia, diafragma, bronquiolos e alvéolos pulmonares).
As enfermidades do sistema respiratório mais frequentes são: bronquite, rinite, sinusite, asma, gripe, resfriado, faringite, enfisema pulmonar, câncer de pulmão, tuberculose e pneumonia. 
As causas destas doenças podem ser diversas. Fumo, alergias (provocada por substâncias químicas ou ácaros), fatores genéticos, infecção por vírus e respiração em ambientes poluídos estão entre as principais causas destas doenças.

Nas grandes cidades, estas doenças estão cada vez mais comuns, principalmente em função da poluição do ar. O monóxido de carbono e o dióxido de carbono são gases poluentes originados da queima de combustíveis fósseis (gasolina e diesel) e são muito  prejudiciais ao aparelho respiratório do ser humano. A inalação destes gases pode provocar o surgimento de algumas destas doenças.

Conhecendo melhor as Doenças Respiratórias

Infeções Respiratórias causadas pelos Vírus

Essas doenças, a priori, não devem ser tratadas com antibióticos, mas poderão sempre ser prevenidas.

1. Resfriados e Gripes


Resfriados e gripes são provocados por vírus que são parasitas intracelulares obrigatórios, isto é, dependem das células vivas para se multiplicarem e são  bem menores do que as bactérias.
Os vírus são cerca de cem vezes menores do que as bactérias e não chegam a constituir uma célula como estas. 
Resfriados e gripes são causados por vírus diferentes, assim, os sintomas que causam no organismo também serão diferentes. A grande maioria dos resfriados é provocada pelos rhinovírus e pelos coronavirus. rhinovírus (rhis=nariz), o mais comum de todos é responsável pela maioria dos resfriados possui, pelo menos, 115 sorotipos diferentes já identificados na natureza, daí a dificuldade em se produzir uma vacina contra o resfriado. Porém, este vírus  confere uma imunidade de mais de dois anos ao organismo e provavelmente, sua ação se restrinja às mucosas das vias aéreas devido ao fato dele crescer melhor a 33°C (temperatura da mucosa),  ao invés dos 37°C (temperatura do corpo humano). Já o coronavirus, responsável por apenas 15% dos resfriados,  possui  somente dois sorotipos, mas, em compensação, confere uma  imunidade de apenas um ano.  Já a gripe é provocada pelos ortomixovirus da influenza dos tipos A, B ou C, sendo que os do tipo A é que provocam as epidemias e pandemias de gripe, possui  3 sorotipos básicos identificados, permitindo, assim,  a confecção de vacinas feitas de vírus já mortos e que funcionam como antígenos, provocam a formação de anticorpos (elementos de defesa)  no organismo;  por isso existem vacinas para a gripe e não para o resfriado. 

Sintomas
Para facilitar a identificação rápida, se é uma gripe ou um resfriado, podemos resumir tudo nos 6 sintomas mais importantes:


SINTOMAS
RESFRIADO
GRIPE
Febre
ausente ou rara
comum (39ºC a 40ºC)
Cefaléia (dor de cabeça)
ausente
comum
Mal estar geral
discreto
comum, severo e duradouro
Faringite (dor de garganta)
comum
menos comum
Secreção Nasal
comum e abundante
menos comum
Vômito e/ou diarréia
raro
comum



As gripes, ao contrário dos resfriados, provocam epidemias na população, principalmente nos meses frios, porém podem ser evitadas por meio de vacinas, que devem ser aplicadas em: crianças, idosos, cardíacos, aidéticos, diabéticos, doentes renais, reumáticos, doentes pulmonares e nos agentes da saúde.

É importante também diferenciar os sintomas de uma gripe dos de uma amigdalite ou faringite, pois ambas provocam febre alta. Nas amigdalites não há quase secreção nasal ou catarro intenso, mas, geralmente, pontos brancos de pus na garganta. As amigdalites podem ser confundidas com as gripes, no entanto devem ser tratadas com antibióticos, pois são causadas por bactérias, ao contrário das gripes que são causadas por vírus. Para a antibióticoterapia no caso das amigdalites, recomendamos sempre consultar um médico.      

Atenção: somente 20% das dores de garganta são causadas por bactérias, sendo a grande maioria causada por resfriados e gripes, devendo-se então ter sempre o cuidado de não tomar antibióticos desnecessariamente, principalmente as crianças, pelos efeitos colaterais destes. 


 Infecções Respiratórias Causadas pelas Bactérias

Consideramos aqui as principais complicações bacterianas relacionadas aos resfriados e à gripe: sinusite, bronquite, pneumonia, meningite, febre reumática, escarlatina, glomerulonefrite, amigdalite, faringite e tuberculose. Estas doenças podem ser tratadas com antibióticos ou quimioterápicos,  conquanto  o  tratamento  venha  sempre acompanhado  de uma   orientação  médica.  

1. Sinusite


É a mais comum das complicações do resfriado e  geralmente ocorre ao final deste.
A sinusite é uma inflamação das cavidades dos ossos da face (seios) que se comunicam com a cavidade nasal e provoca dor acima dos olhos e nos maxilares e que se agrava ao abaixar a cabeça, além de produzir catarro ou muco espesso e às vezes mau cheiro.  
É muito comum a sinusite ser confundida com uma rinite alérgica, porém  a  última  não é provocada por microrganismos e não há, portanto, uma infecção, mas sim, apenas uma reação alérgica ao frio, ventos ou  à  umidade.

2. Bronquite e Bronquiolite


É comum, após um resfriado e gripes, o aparecimento de uma inflamação nos brônquios, a bronquite, com o surgimento de  tosse que pode ser catarral ou seca. A tosse seca persistindo   por  mais  tempo,  pode estar associada também a um fator alérgico, mas geralmente, é provocada por bactérias.
Tem sido chamado de "bronquiolite" a inflamação dos brônquios que ocorre em crianças até os 3 anos e principalmente em bebês de 3 a 6 meses no tempo frio e mormente nos prematuros ou nos que não mamaram no peito.

Sintomas
  • Inapetência;
  • Tosse intensa;
  • Febre baixa;
  • Vômitos (crianças);
  • Dor de ouvido (crianças);
  • Olhos vermelhos (conjuntivite);
  • Batimento das asas do nariz;
  • Cianose (cor azulada) no quadro respiratório grave.  

Os sintomas geralmente duram uma semana e a respiração tende a melhorar somente após o 3° dia.
Esta doença  é provocada pelo vírus sincicial respiratório (VSR), que pode ser do grupo parainfluenza, influenza ou o adenovírus e ataca o aparelho respiratório atingindo os brônquios e os alvéolos pulmonares, podendo provocar um comprometimento respiratório grave que pode levar à internação, pela gravidade do quadro.
Nos adultos, a infecção é geralmente leve, assemelhando-se a uma gripe ou um forte resfriado e a contaminação da doença se dá sempre através do ar ou de mãos ou objetos contaminados.
Esta doença ocorre quase que exclusivamente  no inverno ou na entrada de frentes frias, no outono, caracterizando-se em mais  uma doença do frio.

3. Pneumonia   

São as complicações mais graves e comuns dos resfriados e das gripes e ainda, de bronquites, asmas, coqueluches ou após uma doença grave qualquer, como o sarampo. Trata-se de uma doença aguda e repentina, como o resfriado, sendo mais comum em crianças e em idosos acima de 65 anos.
Provavelmente os mecanismos de implantação  dos pneumococos nos pulmões  sejam semelhantes aos que ocorrem nas mucosas nasal e faríngea, a partir de estragos produzidos pelos vírus. Assim sendo, o calor também é fundamental para preveni-la 
Já existem vacinas grátis para os idosos, mas não muito eficientes, sendo ainda  o calor  o nosso maior aliado.

Sintomas

  • Febre alta, acompanhada de calafrios e tremores (pode não haver febre principalmente nos adultos);
  • Dor no tórax;
  • Falta de ar;
  • Tosse;
  • Muco amarelo esverdeado;
  • Catarro sanguinolento;
  • Respiração rápida e superficial, às vezes com chiado.


Atenção: uma criança estando prostrada, com respiração rápida e pouco profunda (mais de 50 por minuto), provavelmente está com pneumonia, mesmo que no momento não haja febre. Procure um médico imediatamente.

Dados recentes da OMS  indicam que a pneumonia é a infecção que mais mata crianças nos países subdesenvolvidos, e a desnutrição, a falta de cuidados e de higiene são os maiores responsáveis.
As quatro doenças que mais matam crianças de até cinco anos de idade no mundo todo são pneumonia, 19%; diarréias, 17%; malária 8% e septicemia (infecção generalizada), 10%;  o que perfaz  54% das mortes, o restante ficando com os partos prematuros e asfixia no nascimento, o que  nos dá  um total de  73% dos 10 milhões de óbitos de crianças  a  cada ano no mundo. 
A  pneumonia é também a principal causa de morte durante as epidemias ou pandemias de gripe em todo mundo.
Nas epidemias de gripe, apenas 1/3 dos óbitos devem-se propriamente ao vírus, o restante é devido às complicações bacterianas, como a pneumonia.
Portanto, estando um adulto com gripe e febre alta por mais de 72 horas, desconfie também de pneumonia; procure um médico , pois quanto mais rápido for diagnosticada a doença, mais chances de salvar o paciente com a antibioticoterapia. 
Em todos os casos de resfriados e gripes, os cuidados com a  conservação do calor corporal, principalmente nas crianças e à noite, enquanto dormem, são fundamentais para prevenir as complicações bacterianas que causam  pneumonia e outras doenças respiratórias.  

4. Meningite

Depois da pneumonia, a meningite é a mais grave complicação de resfriados e gripes. É a doença mais traiçoeira em nosso meio e acomete principalmente  crianças e jovens já resfriados ou gripados.
A bactéria, o meningococo, na maioria das vezes,  se aproveita de um forte resfriado para penetrar a mucosa, geralmente no clima frio,  na entrada de frentes frias e nas mudanças climáticas  bruscas.
A infecção pode ser causada também  por vírus, protozoários ou fungos, mas a forma bacteriana, a meningite meningocócica,  é a mais comum e geralmente a que produz as epidemias de meningite. 
Não se sabe ainda exatamente como e porque a bactéria, que normalmente  se encontra  em 5%  da  população, consegue repentinamente transpor  a barreira das mucosas   e  invadir as meninges.   Achamos muito  provável   que a meningite bacteriana  seja também  favorecida  pela ação dos vírus que provocam a infecção inicial, um resfriado ou uma gripe, pois geralmente ela acompanha estes.

Sintomas

  • Geralmente há um forte resfriado com excessiva secreção nasal;
  • Febre;
  • Vômitos fortes;
  • Rigidez ou dor na nuca e nas costas;
  • Cefaléia forte (dor de cabeça);
  • Alterações na pele com petéqueas, (manchas vermelhas ou  roxas e erupções) geralmente na região do peito ou nas pernas e tornozelos;
  • Falta de apetite;
  • Falta de ar;
  • Apatia;
  • Sudorese intensa;
  • Alterações da consciência;
  • Convulsões e coma.

 Aos primeiros sintomas, procure imediatamente um médico ou um hospital.  Mantenha o corpo do paciente aquecido. E procure um médico imediatamente 
A taxa de portadores assintomáticos do meningococo na mucosa da garganta pode chegar a  30 % na população sadia, disseminando, assim, a doença principalmente entre as crianças,  o segmento mais atingido da população.
Existem vacinas preventivas específicas, mas não para todos os tipos sorológicos do meningococo. Porém, uma vez que a bactéria consiga romper a barreira das mucosas e se instalar no organismo,  passando às meninges  e produzindo a doença,  o único recurso que  restará são os antibióticos e/ou quimioterápicos. 
Além do meningococo, temos a bactéria Haemophilus influenzae, que causa a maioria das complicações bacterianas das vias aéreas superiores pós resfriados e gripes, como: sinusites, otites, faringites, traqueites e laringites e  também pode causar a meningite. 


5. Febre Reumática, Escarlatina e Glomerulonefrite

A febre reumática ou reumatismo infecciosoa escarlatina e a glomerulonefrite são infecções das vias aéreas provocadas pela bactéria  Streptococus pyogenes.  Da mesma forma que em outras infecções já vistas, o microrganismo causador se localiza na garganta e eventualmente pode invadir o organismo a partir de desequilíbrios na mucosa provocando inicialmente  a chamada  faringite estreptocócica.

Sintomas

  • Dor de garganta (pode durar uma semana ou mais);
  • Febre muito alta ( em torno de 40º C).

Nos casos não tratados, após a fase inicial, advém a fase crônica da doença e a bactéria recrudesce.
Isso ocorre duas ou três semanas após a infecção primária, provocando:
  • Surtos febris vespertinos;
  • Calafrios;
  • Inflamação nas articulações e nos músculos involuntários;
  • Nódulos sob a pele;
  • Degeneração das válvulas cardíacas, caracterizando a febre reumática ou reumatismo infeccioso.


Os portadores assintomáticos podem chegar a 20%. As infecções também incidem mais no clima frio  e a mais comum em nosso meio é a febre reumática.
Se a bactéria não for bem combatida, pode migrar da garganta e se localizar em outras regiões do corpo, produzindo uma toxina que provoca, principalmente nas crianças entre 3 e 10 anos de idade, uma reação de hipersensibilidade de seu sistema imunológico à toxina bacteriana citada. 
No caso da febre reumática, a bactéria inflama as articulações e as válvulas do coração, o que pode depois obrigar o paciente a sofrer cirurgias corretivas. Pode também provocar sinusites, otites, infecção nos pulmões e nas articulações e ainda atacar os rins provocando a glomerulonefrite. 
Um médico deve ser procurado para dar orientação e para aplicar o antibiótico específico.

Resumindo: a febre reumática, a escarlatina e a glomerulonefrite são doenças provocadas pelo mesmo microrganismo o Streptococus pyogenes. As três começam com uma infecção, amigdalite ou faringite, que se caracteriza pela garganta inflamada (avermelhada), ocorrendo também um  edema ou intumescimento das amígdalas. Se houver ainda um “exantema” ou avermelhado da pele que acompanha a faringite, a doença é a escarlatina e se na segunda fase há sangue na urina, está caracterizada a glomerulonefrite dos rins. 


6. Amigdalites e Faringites (dor de garganta)

São infecções das amígdalas ou da garganta provocadas por vários tipos de bactérias e não pelos vírus. Diferentemente de gripes e resfriados, que são causadas por vírus, estas  podem  ser tratadas com antibióticos. 

A grande maioria  das faringites (90%) são provocadas pelo Streptococus pyogenes

Sintomas

  • Febre muito alta (40°C ou mais).

Mas é preciso ficar atento, pois somente cerca de 20% das  inflamações de garganta   são provocadas pelas bactérias, devendo-se ter o cuidado para não tomar antibióticos desnecessariamente, pois podem ser causadas por um simples resfriado ou uma gripe.

As infecções da garganta são muito comuns na infância e geralmente são causadas pelo vírus de um resfriado ou de uma gripe.  Neste caso teremos, além da alteração febril, sintomas  tais como:
  • Congestionamento nasal;
  • Catarro etc.  

Os antibióticos só devem ser aplicados caso ocorram complicações bacterianas.

Nas amigdalites a bactéria é geralmente o Streptococus pyogenes beta hemolítico.
Após o surto inicial da doença  ela pode provocar a febre reumática em 3% dos casos não tratados. Os fatores climáticos e ambientais também influem decisivamente nessas infecções: o frio, o vento e a umidade são fatores predisponentes,  sendo  o calor do corpo e o equilíbrio eletrônico das mucosas fundamentais para a prevenção e o tratamento.
Nas amigdalites, faringites ou traqueites já instaladas as melhores atitudes são: evitar falar muito e  em clima frio  manter o corpo aquecido , procurando logo um especialista  em caso de febre alta (sem  os  sintomas  de  resfriado ou gripe).

7. Tuberculose

É uma doença lenta e progressiva e que geralmente se estabelece no organismo antes mesmo  do aparecimento dos sintomas.  Ocorre nos pulmões, mas pode ocorrer em outros órgãos, sendo que o ser humano é o reservatório quase que exclusivo da bactéria Micobacterium tuberculosis ou “Bacilo de Koch” na natureza.
A tuberculose é transmitida pelo ar ou através de objetos contaminados, como lenços infectados ou copos, xícaras e talheres  mal lavados. Além do Micobacterium tuberculosis  há  o Micobacterium bovis, que é um patógeno do gado, mas que  também é  transmitido ao homem através do consumo do leite “in natura”, não pasteurizado ou não fervido. 
A bactéria da tuberculose se aloja nos alvéolos pulmonares e evolui lentamente.  Após um mês, a sua presença já pode ser evidenciada pelo teste da tuberculina (P.P.D.). Se o teste der positivo em 48 horas, significa que a pessoa já foi infectada pela bactéria, mas isso não quer dizer que já esteja ou que vá ficar doente, mas sim, que entrou em contato com o microrganismo.
A infecção primária pode passar despercebida até que um exame radiológico diagnostique a doença.  Só com a evolução desta aparecem os sintomas já descritos, mas nas crianças a positividade ao teste já é sinal de alerta, pois a incidência da doença é maior nelas e nos adultos jovens. 
É necessário tratamento médico, pois o bacilo forma tubérculos encapsulados nos alvéolos pulmonares e se um vaso sanguíneo se rompe, este pode invadir a corrente sanguínea sendo transportado para todo o corpo, formando tubérculos em outros locais. A morte sobrevém quando há danos suficientes nos pulmões ou em outros órgãos vitais do organismo.
Existem muitas reincidências da doença devido às dificuldades do tratamento, que dura mais de um ano e é feito com agentes antimicrobianos.

Antes do advento dos antibióticos ou de quimioterápicos específicos, o tratamento da doença consistia em manter o paciente em clínicas especializadas (sanatórios), geralmente situados em locais altos e de clima seco e saudável e a Suíça era o país que oferecia as melhores condições.
No Brasil  havia também ótimos locais, mas um dos segredos do tratamento era a helioterapia, ou seja, a exposição do paciente à ação benéfica do sol.
Com o surgimento dos antibióticos, essa prática quase desapareceu. 

Sintomas

  • Tosse crônica persistente e com catarro, principalmente ao acordar;
  • Febre vespertina;
  • Perda de apetite e de peso;
  • Fadiga;
  • Mal estar geral;
  • Suores noturnos;
  • Dores vagas no tórax.
  • Nos casos mais graves há eliminação de sangue pela tosse, a pele fica pálida e pode até haver rouquidão.
Doenças Respiratórias transmitidas pelo ar e que não são causadas por Microorganismos


Alergias respiratórias, Rinite, Asma e Bronquite Asmática

O sol é o maior antialérgico que existe e nenhum ácaro resiste a ele.
As pessoas mais alérgicas devem sempre que possível colocar lençóis e fronhas ao sol ou pelo menos deixar que a radiação solar  penetre no  quarto.
Os ácaros sobrevivem captando água da atmosfera e quanto mais escuro e úmido for o ambiente melhor para eles.
Sol e tempo seco são melhores que qualquer aparelho para eliminá-los, pois descongestiona as vias respiratórias, aumentado a ventilação nas vias aéreas superiores, além de aquecer e equilibrar o trato respiratório. 
Como vimos, os cômodos devem ser mantidos fechados somente  no tempo chuvoso ou úmido, e durante o tempo seco e  ensolarado deve-se arejar bem  o  quarto  durante o dia,  principalmente  durante o inverno,  procurando deixar a roupa de cama exposta ao sol da manhã.
Durante a noite, a pessoa deve sempre se proteger do frio e da umidade excessivos.

1. Rinite Alérgica

Na rinite alérgica não há infecção por microrganismos; e há somente desconforto pelo corrimento nasal, coceira e espirros. Evite coçar ou espremer o nariz, o que provoca maior reação alérgica. 
A rinite é uma inflamação da mucosa do nariz e ocorre em quatro entre dez pessoas, adultos e crianças. As causas são variadas: frio e umidade excessivos, poeira, poluição, produtos químicos irritantes, pólen de plantas e alimentos.
Existe ainda a rinite medicamentosa, pois as pessoas costumam usar medicamentos nasais em excesso.

Sintomas

  • Prurido ou coceira nasal;
  • Obstrução nasal (nariz entupido);
  • Corrimento nasal  (coriza);
  • Espirros;
  • Olhos lacrimejantes;
  • Olfato prejudicado;
  • Cefaléia (dores de cabeça). 

O ar condicionado também pode provocar reações alérgicas em pessoas sensíveis, mas raramente produz infecções, a não ser por fungos e  quando  os filtros  se encontram empoeirados. Normalmente somos bastante resistentes aos fungos. 
Qualquer ventilação  direta (como  por ventiladores)  também pode desequilibrar eletricamente o corpo e  as mucosas e os ventos muito frios podem desencadear uma rinite ou sinusite, além de problemas nos nervos faciais.
A principal medida a ser tomada é  afastar-se ou proteger-se dos fatores desencadeantes das alergias e dos desequilíbrio elétricos do corpo: poeiras, ácaros, ventilação direta, poluição, frio, frentes frias, umidade, ventos e  correntezas.   
Nas bronquites alérgicas, além de todas as causas citadas, temos o cigarro como o grande  fator desencadeante.
A asma tem um componente genético ou congênito, mas  pode ser sempre agravada ou desencadeada pelo frio, fumaça, poluição, poeiras, ácaros, pêlos de animais domésticos  e até pelo ar mais frio e rarefeito,  ou  mesmo  por  fortes  emoções. 
Os distúrbios elétricos favorecem a ação dos agentes alérgicos,  desequilibrando a membrana mucosa das vias aéreas.  As moléculas dos agentes irritantes (alérgenos),   ligam-se  mais facilmente às moléculas do tecido epitelial mucoso em condições climáticas favoráveis.
As infecções das vias aéreas, resfriados e gripes, mais comuns no frio, predispõem  também às alergia  e  aos ataques de asma devido à irritação do aparelho respiratório e ao congestionamento, principalmente em crianças. Logo, todas as atitudes que previnem as infecções são indicadas para se evitar as crises de asma.

2. Asma

Existem cerca de 20 milhões de asmáticos, só no Brasil,  quer dizer, 10% da população e as crianças representam 25% do total e que são obrigados a controlar a doença, fazendo uso de  medicamentos corticóides orais e esteróides inalantes, que com o tempo  podem se tornar perigosos. A asma é responsável por 23 % das faltas escolares a cada ano.

Sintomas
  • Tosse;
  • Falta de ar;
  • Chiado e aperto no peito 

Fatores que provocam as crises de asma
  • Mudanças bruscas de temperatura;
  • Frio;
  • Poeira doméstica;
  • Cigarro;
  • Poluição atmosférica. 

A doença não tem cura e deve ser controlada  

Por: Lilian Ramos Guimarães Nunes
       Soraya Maria Martines Siqueira






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