quinta-feira, 1 de setembro de 2011

ALZHEIMER


             Dia 21 de setembro é o dia de conscientizar o seu próximo sobre o Mal de Alzheimer. E cabe a todos nós, equipe APE e comunidade informada conscientizar e orientar sobre esse mal, seja em forma de palestra, distribuição de folders, teatros e até campanhas, o importante é alertar, prevenir e promover Saúde! Trata-se de uma doença degenerativa e progressiva que atinge o cérebro resultando, inicialmente, na perda da memória. Em seu estágio mais grave, a doença pode invalidar o paciente e levá-lo à morte.








          A Doença de Alzheimer é uma doença do cérebro, degenerativa, isto é, que produz atrofia, progressiva, com início mais freqüente após os 65 anos, que produz a perda das habilidades de pensar, raciocinar, memorizar, que afeta as áreas da linguagem e produz alterações no comportamento.As causas da Doença de Alzheimer ainda não estão conhecidas, mas sabe-se que existem relações com certas mudanças nas terminações nervosas e nas células cerebrais que interferem nas funções cognitivas. Alguns estudos apontam como fatores importantes para o desenvolvimento da doença: 

Aspectos neuroquímicos: diminuição de substâncias através das quais se transmite o impulso nervoso entre os neurônios, tais como a acetilcolina e noradrenalina.
Aspectos ambientais: exposição/intoxicação por alumínio e manganês.
Aspectos infecciosos: como infecções cerebrais e da medula espinhal.
Pré-disposição genética em algumas famílias, não necessariamente hereditária.

SINTOMAS
"Eu vivo me esquecendo..."
"Não me lembro onde deixei..."
"Doutor, facilmente esqueço dos números de telefone e de pagar contas."
"Doutor, minha mãe esqueceu meu aniversário...Doutor, meu pai se perdeu..."
São esses os tipos de queixas que se ouvem, às quais geralmente os amigos e familiares reportam como "coisas da idade". Entretanto, se alguma pessoa de suas relações esquecer o caminho de casa ou não se lembra de jeito algum, ou só com muito esforço, de um fato que aconteceu, procure um médico. Pode não ser algo importante, entretanto pode ser também um início da Doença de Alzheimer que não tem cura, mas cujo tratamento precoce atrasa o desenvolvimento da doença, produz alguma melhora na memória, torna mais compreensível as mudanças que vão ocorrer na pessoa e melhora a convivência com o doente.
Na fase inicial da doença, a pessoa afetada mostra-se um pouco confusa e esquecida e parece não encontrar palavras para se comunicar em determinados momentos; às vezes, apresenta descuido da aparência pessoal, perda da iniciativa e alguma perda da autonomia para as atividades da vida diária.
Na fase intermediária necessita de maior ajuda para executar as tarefas de rotina, pode passar a não reconhecer seus familiares, pode apresentar incontinência urinária e fecal; torna-se incapaz para julgamento e pensamento abstrato, precisa de auxílio direto para se vestir, comer, tomar banho, tomar suas medicações e todas as outras atividades de higiene. Pode apresentar comportamento inadequado, irritabilidade, desconfiança, impaciência e até agressividade; ou pode apresentar depressão, regressão e apatia.
No período final da doença, existe perda de peso mesmo com dieta adequada; dependência completa, torna-se incapaz de qualquer atividade de rotina da vida diária e fica restrita ao leito, com perda total de julgamento e concentração. Pode apresentar reações a medicamentos, infecções bacterianas e problemas renais. Na maioria das vezes, a causa da morte não tem relação com a doença e sim com fatores relacionados à idade avançada.



Tudo sobre o Tratamento


O que o paciente pode esperar do tratamento?
  1. Não pode haver a expectativa de que apenas tomar um comprimido vai resolver os problemas trazidos por uma doença tão devastadora.
  2. Não existe nenhum tratamento miraculoso e rápido para a doença. Os resultados tendem a ser ou estabilização dos sintomas ou ganhos modestos que levam algum tempo para aparecer.
Por isso, a doença de Alzheimer exige mais que um médico. É necessária a participação de diferentes profissionais da saúde. Também é importante lembrar que a doença é progressiva, ela tende a piorar sempre. Um tratamento, qualquer que seja, se não trouxer melhoras mas evitar que ela progrida, deve ser considerado bem sucedido.

Como outros profissionais da saúde podem ajudar no tratamento?
  • As perdas na independência funcional podem ser diminuídas ou estabilizadas com treinamento e reabilitação;
  • As dificuldades de linguagem e, em estágio mais adiantado, as alterações para engolir podem ser acompanhadas por um fonoaudiólogo;
  • As complicações decorrentes das alterações de apetite e de comportamento, associadas à dificuldade de linguagem, podem ser minoradas com o auxílio de uma enfermeira, que será essencial nos estágios mais avançados da doença;
  • Um profissional treinado pode assessorar nas modificações para tornar o lar mais seguro e no manejo adequado de cada paciente.

Que drogas podem ser usadas no tratamento da doença de Alzheimer?
Existem dois tipos de drogas:
  • as que atuam diretamente sobre a doença;
  • as que atuam sobre complicações ou conseqüências da doença, como as alterações de comportamento.

Quais são os medicamentos que atuam diretamente na doença?
Como não se sabe a causa da deposição de proteínas anormais nessa doença, é impossível atacar a raiz do problema. Entretanto, em um período não muito longo, poderão estar disponíveis drogas que aumentam a sobrevida dos neurônios. Elas podem fazer com que a doença progrida mais devagar ou até mesmo estacione. No momento, existem as drogas que evitam a decomposição da acetil-colina - os inibidores de acetil-colisterase e a memantina.

Para que servem os inibidores da acetil-colinesterase?
Na fase inicial da doença, ocorre principalmente a perda de neurônios que usam como mensageiro a acetil-colina, uma substância importante no processo de memória e aprendizado. A acetil-colina é produzida no cérebro a partir da colina, presente em alimentos da dieta do dia-a-dia. Depois de utilizada como mensageiro químico entre os neurônios, a acetil-colina é degradada pela enzima acetil-colinesterase, transformando-se novamente em colina.
Se existe uma deficiência na produção de acetil-colina, um modo de controlar o problema é evitar que a pouca acetil-colina produzida seja degradada, impedindo a ação da enzima através dos inibidores, ou seja, os inibidores da acetil-colinesterase.

Que resultados podem ser obtidos com os inibidores da acetil-colinesterase?
Em princípio o tratamento com essas drogas tem mais chance de sucesso no início da doença, mas também é possível haver melhora em fases um pouco mais avançadas.
A resposta de melhora, com a pessoa voltando a fazer coisas que não conseguia mais devido á progressão da doença, não é a mais comum. A estabilização, com a progressão interrompida ou tornando-se mais lenta, é mais freqüente. Muitas pessoas não apresentam resposta alguma.
Algumas pessoas podem apresentar uma resposta ao medicamento logo no início, o mais comum é observar o efeito após dois a quatro meses de tratamento.
É importante lembrar que uma boa resposta ao tratamento depende da utilização da dosagem correta e por um tempo adequado e nada impede que o paciente melhore no início e depois volte a piorar, pois a doença é progressiva.

Quais são efeitos colaterais dos inibidores da acetil-colinesterase?
O principal efeito colateral é sobre o tubo digestivo, podendo haver náuseas, vômitos ou diarréia. Não é raro a pessoa apresentar agitação ou dor de cabeça. Aparecendo algum desses sintomas, a medicação não deve ser interrompida - o médico deve rever a dosagem ou adotar alguma medicação para combater os efeitos colaterais.

Para que serve a memantina?
No cérebro existem amino-ácidos excitatórios, o aspartato e o glutamato, que são importantes no processo de aprendizado e memória. Quando sua ação é excessiva, esses amino-ácidos causam lesão e morte dos neurônios, sendo este um dos mecanismos da doença de Alzheimer. A memantina atua diminuindo a ação do glutamato sobre seus receptores, trazendo-os para níveis mais fisiológicos. Neste sentido, do mesmo modo, embora por um outro mecanismo, a memantina pode estabilizar sintomas e retardar a evolução da doença.

Que drogas são utilizadas nas alterações de comportamento?
As alterações do comportamento são um aspecto à parte. Antes de pensar em medicamentos, é essencial verificar se existe um precipitante para o distúrbio como, por exemplo, a maneira como o cuidador aborda o paciente que não quer tomar banho. Muitas vezes, uma orientação adequada resolve o problema. Quando a medicação é necessária, ela deve ser usada na menor dose possível e pelo tempo estritamente necessário. É preciso lembrar que muitos dos medicamentos para controle de agitação e agressividade podem piorar a confusão mental ou deixar a pessoa rígida, trazendo dificuldades para a movimentação, inclusive para caminhar e engolir.

Como saber se as drogas estão sendo eficientes?
As medicações que atuam diretamente na doença são caras e de uso prolongado. É importante, na medida do possível, certificar-se de sua eficiência, por meio de:
  • a avaliação funcional, observando como a pessoa está desempenhando suas atividades no dia-a-dia;
  • a avaliação cognitiva (de memória, linguagem e outras funções), que deve ser feita por profissional treinado.
Essas avaliações devem ser feitas em conjunto e não devem ser repetidas a prazos muito curtos pois não haverá tempo para resposta. A partir dos resultados dessas avaliações é possível decidir se vale a pena continuar o tratamento ou interrompê-lo.

É possível prevenir a doença de Alzheimer?
Não existe maneira totalmente eficaz de prevenção, mas já foram identificados alguns fatores que podem mudar o seu curso. Pessoas com alta escolaridade e atividade intelectual intensa apresentam os sintomas somente quando a atrofia cerebral está em um estágio mais avançado do que em pessoas com baixa escolaridade, ou seja, nessas pessoas com maior atividade intelectual é necessária maior perda de neurônios para que apareçam os mesmos sintomas de pessoas com menor atividade intelectual.
Do mesmo modo, o uso de vitamina E em alta dose e a reposição de hormônios, para as mulheres que entraram na menopausa, podem diminuir a chance da doença, fazendo com que ela apareça mais devagar. Mais recentemente demonstrou-se um efeito semelhante com o uso de anti-inflamatórios. Como se pode ver, aspectos fundamentais da doença ainda são desconhecidos, mas o que já se sabe não justifica uma atitude de "nada existe para fazer".



prevencao alzheimer



Prevenção
Alguns estudos mostraram que manter atividades intelectuais como  a leitura, jogos que exercitam o cérebro, tais como palavras cruzadas, assim como exercer alguma atividade física(caminhada, etc.) tem um forte efeito positivo sobre o Mal de Alzheimer.
- Tratar a hipertensão é o meio mais eficaz de prevenir demências como o Mal de Alzheimer [fonte: France Info, 16 de dezembro de 2008]
- Tomar regularmente medicamentos antiinflamatórios não esteroidais (AINES) como o ibuprofeno previne contra o Mal de Alzheimer. No entanto, dificilmente um médico irá receitar um tratamento crônico à base de ibuprofeno a uma pessoa que não precisa de AINES, pois estes podem ter vários efeitos secundários (úlceras, problemas renais,...). O risco-benefício não é garantido mas esse assunto ainda deve ser seguido, pois todo tratamento preventivo do Mal de Alzheimer merece atenção. O uso de estatinas (medicamentos contra o colesterol) também tem um efeito preventivo.
- Manter uma alimentação rica em frutas ajuda a prevenir o Mal de Alzheimer. As frutas contêm inúmeros antioxidantes, que ajudam na prevenção. O vinho tinto também é rico em antioxidantes e pode igualmente ajudar na prevenção da doença.
- Pare de fumar! Especialmente se você é um fumante entre os 50 e 60 anos, o risco de  sofrer da doença de Alzheimer 20 anos mais tarde será dobrado 




Por: Juliane Garcia 
       Lilian Ramos Guimarães 
       Soraya Martines Siqueira

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